Esse post faz parte da Coletiva - Minha Cidade no meu Blog - iniciativa da Nina, do blog Entre Mãe e Filha. Ela vive na Alemanha e junto com uma amiga, tiveram a idéia de mostrar fotos das cidades onde vivem.
Como decidi ontem que ia participar, não tive tempo de sair fotografar. Peguei as fotos de alguns sites (as fontes seguem no final do post).
Eu nasci em Limeira, que fica no interior de São Paulo.
A origem do nome da cidade envolve uma lenda popular na cidade, que fala de um frei franciscano chamado João das Mercês o qual acompanhava uma caravana de bandeirantes se dirigindo para o interior do Estado.
O frei teria morrido subitamente ao passar uma noite no rancho do Morro Azul e teria sido sepultado ali mesmo com a sacola de limas que carregava, as quais dizia curar febres. Ali teria brotado uma limeira, que deu nome ao rancho e à cidade.
(Bandeira oficial)
A cidade também é famosa por ser o berço da imigração européia, pois recebeu trabalhadores portugueses e alemães em 1840 e 1846, desenvolvendo o sistema de parceria numa época ainda marcada pelo trabalho escravo.
Espero que gostem do passeio!
(Vista aérea da cidade)
(Prefeitura Municipal)
(Interior da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção)
A Irmandade da Boa Morte foi criada na cidade de Limeira, em 1856. Após dois anos, reuniu recursos para a construção da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, adquirindo um terreno, no centro da cidade, para abrigar o templo. O Barão de Campinas contratou o arquiteto e entalhador italiano Aurélio Civatti para elaborar o projeto da Igreja, coordenar e erguer a obra, fornecendo também 572 escravos para a construção.
As paredes da edificação têm espessura média de 60 cm, possuindo largos beirais para protegê-las da água da chuva. Os entalhes de madeira e os afrescos foram criados em 1925 e 1955 por artistas italianos e contrastam com o brilho dos lustres de cristal europeu. Compõem ainda a construção oito sinos de bronze provenientes de Portugal, o relógio alemão, pára-raios e oito imagens religiosas esculpidas em madeira.
A arquitetura do belo templo é classificada como sendo “barroco puro”. O Barão de Campinas contratou peritos em obra de entalhes de madeira, que trabalhavam então na Catedral de Campinas, para executarem os entalhes do templo. Esses foram feitos com ferramentas primitivas, sendo que a madeira e o bronze utilizados vieram de Portugal. No andar superior da Igreja, conserva-se um grande acervo. Nele encontram-se muitas riquezas artísticas e históricas dessa igreja, como, por exemplo, a cadeira utilizada pelo imperador D. Pedro II quando de sua visita a esse templo, uma biblioteca e um arquivo com importantes documentos sobre a história de Limeira, quadros, imagens sacras, fotografias, objetos sacros e paramentos.
(Catedral Nossa Senhora das Dores - vista da praça Luciano Esteves)
(Fazenda Morro Azul)
Ela se destaca pela excelência de seu projeto arquitetônico e sua forma apalacetada, sendo a única sede rural brasileira com azulejos, portugueses e ingleses, utilizados na decoração de sua fachada. No processo de tombamento, ocorrido em 1973, comandado pelo pesquisador, Arlindo de Salvo, foi considerada como, "Talvez o mais requintado exemplar de fazenda do Século XIX".
Por ter hospedado, duas vezes o Imperador Pedro II, é conhecida na região, como a Fazenda do Imperador, mais precisamente, como Casa de D. Pedro.
Na área externa encontra-se um riacho de pedras, a floresta com seu centenário jequitibá, a gruta construída pelos escravos e um magnífico conjunto de salas de banho, constituindo as Ruínas das Termas do Imperador. A Fazenda Morro Azul, está aberta para visitações, previamente agendadas, para grupos organizados, com opção para serviço de restaurante. Os passeios, serão acompanhados por guias ou por pessoas ligadas à família proprietária.
(Foto antiga da Fazenda Ibicaba)
Em 1846, chegam os alemães na região e o Senador Vergueiro inicia um empreendimento criando mais de 60 colônias, que abrigava aproximadamente 60.000 imigrantes. Os historiadores ainda afirmam, que foi na Fazenda Ibicaba (Vila de Limeira), empregado o arado pela primeira vez, no plantio do café, em todo o Brasil. Durante a visita à fazenda, encontramos um importante conjunto histórico- arquitetônico, formado pela sede centenária (construída por membros da família Levy, que ali chegaram como colonos em 1857 e tornaram-se proprietários arrematando-a em hasta pública em 1889), capela, senzala, torre do relógio, terreiros, tulhas e aquedutos construídos por escravos e imigrantes.
Fundada em 1817, pelo Senador Vergueiro, a fazenda foi durante um período, a maior produtora de café do Brasil.
Fontes:
http://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/ojs/viewarticle.php?id=86
http://pt.wikipedia.org/wiki/Limeira
http://www.limeira.sp.gov.br/