A minha frase para 2009

29 dezembro 2008

Essa letra, de Heather Small, me fez decidir que em 2009, nunca vou esquecer de me perguntar:

"What have you done today to make you feel proud?"
(O que você fez hoje para se sentir orgulhoso?)

E assim, dia-a-dia, elevar o espírito e me tornar uma pessoa melhor.

- FELIZ 2009 A TODOS VOCÊS! -

Superávit

22 dezembro 2008

Eu, com a cabeça enfiada no travesseiro. Pensativa e leve. Me espreguiçava. Sorria ao mesmo tempo. Fiquei agradecendo. E nem sabia bem o quê ou porquê.

Era 24 de dezembro e eu agradeci por aquela sensação. Fazia tempo que não chegava às vésperas do Natal no "superávit". Aquele saldo positivo emocional, que traz calmaria.

- O que será que Seu Noel vai te trazer amanhã? Pediste algo em especial?  - as paredes curiosas sussurraram.

E eu, sonolenta respondi:

- Que Ele me traga um 2009 parecido com o Ano que passou.

Virei do lado e continuei a sonhar.

 

 

A Fonte da Sorte - continuação

18 dezembro 2008

- CONTINUAÇÃO DO POST ABAIXO -

... Exultantes com o sumiço do verme, começaram a subir o morro, certos de que chegariam à fonte antes do meio-dia.

A meio caminho da subida íngreme, porém, eles encontraram palavras gravadas no chão: Paguem-me os frutos do seu árduo trabalho.

 O Cavaleiro Azarado apanhou sua única moeda e colocou-a na encosta relvada, mas ela rolou para longe e se perdeu.

Eles continuaram a subir, e, embora tivessem andado durante horas, não avançaram um único passo. Todos se sentiam desanimados quando viram o sol passar sobre suas cabeças e começar a declinar em direção ao longínquo horizonte, mas Altheda andou mais rápido, e empenhando mais esforço do que os demais, estimulava-os a seguir seu exemplo. À medida que as gotas do seu suor caíam, cintilantes, na terra, a inscrição que bloqueava o caminho desaparecia, e eles descobriram que podiam prosseguir.

Correram para o alto o mais rápido que puderam, até que, por fim, avistaram a fonte.

Antes de alcançá-la, no entanto, encontraram barrando o seu caminho, um riacho que circundava o topo do morro. No fundo da água transparente havia uma pedra lisa com as seguintes palavras: Paguem-me o tesouro do seu passado.

O Cavaleiro tentou atravessar o curso d´água flutuando sobre seu escudo, mas afundou.

Eles começaram, então, a refletir sobre o significado na mensagem e Amata foi a primeira a compreendê-la. Apanhando a varinha, apagou da mente todas as lembranças dos momentos felizes que passara com o seu amor desaparecido e deixou-as cair na correnteza. O riacho as levou para longe, deixando aparecer pedras planas e, finalmente eles puderam atravessar em direção ao topo do morro.

(...)

Chegou a hora de decidir qual deles iria se banhar. Antes, porém, que chegassem a uma conclusão, a franzina Asha tombou no chão. Exausta com o esforço da subida, estava à beira da morte. Seus três amigos a teriam carregado até a fonte, mas Asha, em agonia mortal, lhes pediu que não a tocassem. Athelda colheu ervas que julgou mais úteis, fez uma poção e levou-a à boca de Asha.

Na mesma hora, Asha se pôs de pé e exclamou que estava curada. Decidiu então, que Altheda devia se banhar. Esta porém, estava ocupada demais colhendo mais ervas em seu avental. Pensava que, se foi capaz de curar aquela dpença, poderia ganhar muito ouro. Permitiu que Amata se banhasse.

Amata sacudiu a cabeça. O riacho tinha lavado todos os seus desapontamentos de amor, e ela percebia agora que o antigo amado fora insensível e infiel, e que era uma grande felicidade ter se livrado dele. Disse então que o cavaleiro devia banhar-se em recompensa por sua nobreza.

Ele avançou e se ergueu das águas sentindo-se glorioso com seu triunfo, e se atirou, ainda vestindo a armadura enferrujada aos pés de Amata, a mulher mais bondosa e bela que já contemplara. Alvoroçado com o sucesso, pediu sua mão e seu coração, e Amata, não menos feliz, percebeu que encontrara um homem que a merecia.

As três bruxas e o cavaleiro desceram o morro juntos, de braços dados, e os quatro levaram vidas longas e venturosas, sem jamais saber nem suspeitar que as águas da fonte não possuíam encanto algum."

A Fonte da Sorte

Para os fãs de Harry Potter, J. K. Rowling preparou uma surpresa: Os contos de Beedle, o Bardo. O mais interessante é que os royalties da venda do livro serão doados ao Children´s High Level Group, uma organização que faz campanhas para promover os direitos das crianças e melhorar a vida de jovens em condições precárias.

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Eu, fã de carteirinha, não ia deixar de comprar pra integrar a coleção. Já devorei! São contos pequenos, de mensagens simples, mas contadas de um jeito encantador. Deixo aqui trechos do conto que mais gostei.

"No alto de um morro, em um jardim encantado envolto por muros altos e protegido por poderosa magia, jorrava a Fonte da Sorte.

Uma vez por ano, entre o nascer e o pôr-do-sol do dia mais longo do ano, um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira.

No dia aprazado, centenas de pessoas viajavam de todo o reino para chegar ao jardim antes do alvorecer. Homens e mulheres, ricos e pobres, jovens e velhos, dotados ou não de poderes mágicos reuniam-se no escuro, cada qual na esperança de ser o escolhido para entrar no jardim.

Três bruxas, com seus problemas e preocupações encontraram-se nas cercanias da multidão, e contaram umas às outras suas tristezas enquanto esperavam o sol nascer.

A primeira, cujo nome era Asha, sofria de uma doença que nenhum curandeiro conseguia eliminar. Ela esperava que a fonte fizesse desaparecer os seus sintomas e lhe concedesse uma vida longa e feliz.

A segunda, Altheda, tivera sua casa, seu ouro e sua varinha roubados por um bruxo malvado. Ela esperava que a fonte a aliviasse de sua fraqueza e pobreza.

A terceira, que se chamava Amata, fora abandonada por um homem a quem amava profundamente e, acreditava que seu coração partido jamais se recuperaria. Ela esperava que a fonte acabasse com sua dor e saudade.

Apiedando-se uma das outras, as três mulheres concordaram que, se lhes coubesse a chance, elas se uniriam e tentariam chegar à fonte juntas.

O primeiro raio de sol rasgou o céu, e uma fresta se abriu no muro. A multidão avançou, cada pessoa exigindo, aos gritos, a benção da fonte. Plantas rastejantes do interior do jardim serpearam pela massa ansiosa e se enrolaram na primeira bruxa, Asha. Ela agarrou o pulso da segunda, que segurou as vestes da terceira. Essa última, Amata, se enredou na armadura de um cavaleiro de triste figura que montava um cavalo esquelético.

Os gritos furiosos da multidão desapontada se ergueram no ar e silenciaram quando os muros do jardim se fecharam mais uma vez.

(...)

Enrolado na base do morro, havia um monstruoso verme branco, inchado e cego. À aproximação do grupo, ele virou uma cara feia e malcheirosa e proferiu as seguintes palavras: "Paguem-me a prova de suas dores." 

O Cavaleiro Azarado sacou a espada e tentou matar o bicho, mas a espada se partiu. Então Altheda atirou pedras enquanto Asha e Amata experimentaram todos os feitiços que podiam. Entretanto, o verme não quis deixá-los passar e Asha, desesperada, começou a chorar.

O verme se encostou ao rosto dela e bebeu suas lágrimas. Saciada sua sede, deslizou para um lado e sumiu por um buraco no chão.

- CONTINUA -

O meu carma: a Hiperhidrose

17 dezembro 2008

A hiperhidrose é definida pela hiperatividade das glândulas sudoríparas que levam à transpiração excessiva. Apesar de ser uma condição benigna, pode trazer (muito) desconforto a seus portadores. É uma afecção não muito rara, que afeta até 1% da população. Pode estar presente nas mãos, pés, axilas, rosto ou em qualquer outra parte do corpo.

É... euzinha faço parte desse 1%. Tenho hiperhidrose palmar e plantar (mãos e pés).

Me lembro que quando criança, ia pra escola e rasgava as folhas do caderno enquanto escrevia; quando insistia em comprar e usar aquela sandalinha nova da Xuxa e depois de um tempinho nem conseguia andar direito porque escorregava no plástico que molhava.

Aprendi a conviver com o problema depois de tentar vários tratamentos. Mas, só quem tem o tal do "carma" sabem quão desconfortável é cumprimentar as pessoas e imaginar o que elas pensam quando encostam na mão molhada e fria.

Depois de muito tempo pensando, de ir e voltar no médico, decidi fazer a simpatectomia torácica. É uma cirurgia em que são retirados os gânglios simpáticos* da cadeia torácica responsáveis pela inervação da região que sofre com a hiperhidrose.

A cirurgia foi marcada pro início de janeiro. Fiquei bem feliz e estou na expectativa. Torçam por mim!

* Gânglio nervoso é o aglomerado de corpos celulares de neurônios.

Coisas do Brasil II: Os Medeiros

13 dezembro 2008

* Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva organizada pela Andréa Motta, do blog Leio o Mundo Assim.

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(Renata "fritando"os neurônios" pensando sobre o que escrever)

... A coletiva é sobre Coisas do Brasil. Mas, que coisa difícil!

Coisa pode ser qualquer coisa, ainda mais coisas de uma país com tantas coisas!

Coisa bonita, coisa feia. Coisa que traz orgulho, coisa que traz descrença. Coisa grande e pequena. Tem coisa de ninguém. Tem coisa de todo mundo. Tem coisa que gosto. Tem coisa que me dá desgosto. Tem coisa pra todos os gostos.

Queria escrever algo novo, que fosse característico, singular. Algo que as pessoas lessem e pensassem:

- Nossa, isso sim é bem coisa do Brasil!

E então.... Eureka! – tinha acabado de resolver sobre o que escrever.

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“Há (aproximadamente) 65 anos, no Nordeste do Brasil, Teresa e José se encontraram.  Se casaram em 1947.

Certo dia José acordou querendo mudar de vida.

- Teresa, o que acha de irmos embora pra São Paulo?

E ela sabia que não tinha escolha.

A aventura começou já no pau-de-arara.

Sabe? É aquele caminhão, que retira os retirantes da sua terra.

Acho que eles acreditaram que seria melhor,

pelo menos por lá não devia ser tão seco.

Com certeza não!

Quando deu a primeira tempestade, Teresa correu e mandou os filhos entrarem debaixo da mesa;

A vizinha tinha dito pra tomar cuidado com os raios

E a casa, cheia de goteira, deixou a coitadinha assustada.

Ela, que nunca tinha visto aquele mundaréu de água.

Na época tinham sete filhos.

Depois nasceram mais três, paulistas.

Que completaram os 10. Que se tornou o número da sorte dos Medeiros.

José de fibra. Tereza de aço.

E 10 filhos, que arriscaram tudo e fizeram acontecer.

Ela costurava, cuidava da casa e rezava.

Ele trabalhava e “botava” os filhos pra trabalhar também.

Assim, todo mundo ajudava.

E foi assim que o tempo passou.

A família cresceu e rendeu frutos.

Advogados, comerciantes, veterinária, engenheiros, (ex) dentista.

Tem gente morando em todo canto do Brasil: Limeira, Brasília, Jundiaí, Barracão (SC), São Paulo, Botucatu, São Carlos, São José do Rio Preto.

Tem até na Espanha e nos EUA. E esses daí, que estão do outro lado do mundo, sofrem mais.

Sentem falta do café, das frutas, do brigadeiro, das praias, do sol, do calor.

Mas, sentem mais falta do beijo e do abraço. E de todo mundo reunido, unido.

Sentem falta das coisas de família, das coisas da sua terra, das coisas do Brasil."

Esse texto é parte das minhas coisas.

Coisas da minha avó Teresa,

Coisas do meu avô José.

Coisas minhas. As que vi, que vivi.

Coisas da minha família.

Tão grande, tão generosa.

Tão nordestina, tão paulista, tão diversificada.

Tanta coisa numa só.

Coisa tão brasileira, coisa tão Brasil.

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Meu xodó

12 dezembro 2008

Imaginação é um "dom" fantástico. Mais fantástico ainda é ver que a criança acredita e vive tudo aqui que está imaginando.

Ontem ela* estava em casa. E resolveu brincar, dizendo que estava nadando numa piscina. A piscina era o chão da sala. E ela pulada, mergulhava, até que fingiu que se afogava. E gritou:

- Socorro, se afoguei!

Caímos na risada.

Não tem jeito, quando ela está em casa, vira o centro das atenções.

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  *Luisa, minha prima, meu xodó.

Direitos Humanos - Dia da Blogagem Coletiva

10 dezembro 2008

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“Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.”

Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado."

(Artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada e proclamada durante Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948).

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OAB entrará no STF contra crimes de tortura praticados na ditadura Brasília (Brasília, 20/10/08).

Organização Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) exigiu do governo brasileiro explicações sobre a responsabilização sobre esses crimes (Brasília, 03/11/08)

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A Blogagem Coletiva de hoje comemora os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Embora eu acredite que estamos bem longe daquilo idealizado pelos responsáveis da ONU que a elaboraram, é um marco importante da História e deve ser relembrado, pois trata-se de um grande passo em direção à evolução do pensamento e das atitudes.

A minha introdução lá em cima tem o objetivo de chamar atenção ao tema Direitos Humanos violados durante o período da ditadura. Que "diabos" aconteceu naquela época com os direitos dos cidadãos?  Entretanto, não quero despertar sentimentos de tristeza nem de revolta.

O que eu quero é encontrar uma maneira de celebrar através desses fatos. Farei isso retratando a experiência real de alguém que teve seus direitos violados (de uma maneira bem profunda) e que hoje, supera. Vive. Ensina. E assim, nos faz refletir.

Muito gentil, meu professor da faculdade me escreveu contando um pouco da sua experiência durante a ditadura e me autorizou a publicá-la hoje aqui.

“(...)  Uma coisa foi o golpe militar em 31 de março de 1964 outra, muito mais dura, foi o golpe dentro do golpe, em 13 de dezembro de 1968, com o fechamento do congresso e suspensão das liberdades individuais. Neste dia foi publicado o famigerado Ato Institucional nº 5.

(...) Fui acusado porque participava, clandestinamente, da reorganização da UNE (União Nacional dos Estudantes). Fui filmado e fotografado na grama da UnB realizando uma reunião com outro líder estudantil clandestino. Após o AI – 5, as pessoas eram presas e torturadas e depois de retirarem ou assinarem o que desejavam, se não matassem, a sua prisão era oficialmente comunicada.

Tive um colega que foi preso na Bahia, ex-estudante da UnB e estava organizando "camponeses" para lutar contra a Ditadura. Torturado, ele disse que seu contato na UnB era comigo. Meu nome foi associado à luta armada e fui formalmente acusado de participar da luta armada contra o governo.

(...) Resisti ficando no país. Fiquei clandestino no maior esconderijo do Brasil, a cidade de São Paulo. Como consegui me livrar da prisão, fugindo antes, fui condenado a 2 anos de reclusão pela polícia política do Regime. A prescrição da pena ocorria com 2 anos após a pena máxima (portanto, após 4 anos). Fui condenado em 1972 (Regime Médici) e a prescrição ocorreria em 1976. Como tive advogado para entrar com pedido de prescrição, fiquei clandestino até 1978. No final de 1978, via Arquidiocese da Sé, consegui um advogado para solicitar e acompanhar a prescrição da pena que fui condenado.

(...) minhas testemunhas de defesas, sequer foram citadas. É preciso pensar essa época como um regime fechado. Fui julgado por um tribunal militar e não um tribunal civil, entre outras coisas.

No início de 1979 foi publicada a lista dos anistiados. Meu nome não consta da lista porque já tinha conseguido a "caducidade". Durante o primeiro semestre de 1973 eu morei em São Paulo; minha mulher tentava terminar (via curso a distância, conforme entendimentos com professores) seu curso de graduação na UnB e minha filha, com oito meses, vivia com meus pais em São José do Rio Preto."

(*Dorgival Henrique possui graduação em Direito pela Universidade de Brasília e mestrado em Administração de Empresas pelo Fundação Getulio Vargas - SP. Atualmente é Professor Titular da Universidade Metodista de Piracicaba. E foi um dos milhares que teve seus direitos violados durante o regime militar. Nem sei como agradecer tamanha contribuição! Agradeço-o novamente, com toda a minha admiração.)

Espero assim, que daqui 60 anos (eu estarei com 84!), eu ainda esteja (viva, é claro) lúcida pra poder me lembrar desta Blogagem Coletiva, quando a comunidade blogueira plantou essa sementinha cheia de esperança.

Uma sementinha regada com os melhores propósitos, com as melhores intenções, pelos melhores escritores, amadores (como eu!)ou não.

Aos 84, espero que a sementinha tenha crescido e tornado-se a Árvore da Conscientização e que seus galhos tenham alcançado muitos horizontes. Então, no auge da minha velhice, poderei gozar meus direitos placidamente.

(Para mais informações sobre a Blogagem, visite o site do Sam Cyrous, organizador oficial da Coletiva. Veja quem já postou e participe também!)

Noites de tormenta

08 dezembro 2008

Fazia tempo que não chorava no cinema. Meu acompanhante oficial prefere os suspenses e os filmes de ação e eu, me esbaldo com as comédias românticas e com os dramas no sofá de casa.

"Noites de tormenta" é romântico e dramático. Eu sou cinéfila daquelas não muito críticas, então o pouco já me agrada.

Pra quem gosta de suspiros e chororô, eu recomendo. 

Blogagem Coletiva: Direitos Humanos

03 dezembro 2008

Afim de celebrar os 60 anos da criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Sam Cyrous, do blog Fênix ad eternum propôs a campanha. A Coletiva acontecerá dia 10 de dezembro e tornou-se ainda mais especial porque o Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos irá registrá-la. Eles concederam a utilização exclusiva do aniversário da declaração a ele, que é o promotor oficial da campanha.

Participe também! Ou então, ajude a divulgá-la!

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Ainda em relação a esse assunto, aproveito para divulgar, apesar de não poder participar:

O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, inaugura no próximo domingo (8), no Parque Villa Lobos, em São Paulo, a exposição Direitos Humanos no Parque.

São 15 tótens com os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.  A iniciativa da SEDH faz parte das comemorações pelos 60 Anos da Declaração.

O projeto será levado a 13 capitais: Manaus, Porto Velho, Macapá, Teresina, Fortaleza, Salvador, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Campo Grande, além de São Paulo.

"Era uma vez um planeta azul...

01 dezembro 2008

...Que rodava e vagava no infinito.

Sereno e grandioso. Tão cheio de coisa a oferecer. E um dia pensou que deveria compartilhar esse pedacinho de paraíso e parar de se sentir tão sozinho.”

- Foi assim que a gente apareceu, mãe? – Léo perguntou ansioso, como sempre.

- Mais ou menos, filho. Mas, é só uma estorinha. Posso continuar? – Nina respondeu, paciente.

“... E assim, os primeiros moradores começaram a chegar. Desde o mais simples e pequenino até o maior e cheio de detalhes. As flores, as pedras, as árvores, o mar, os rios, os animais.”

- Todos os outros? - Léo falou, meio a um bocejo.

- É.

- Igual o Leopoldo, a Rosa e o Pingo? – sussurrou já fechando os olhos.

- Isso mesmo. Foi aí que surgiram os peixes, os gatos, os cachorros e todos os outros bichos que existem na Terra.

- E daí chegaram os adultos e estragaram tudo. Eu vejo na televisão quanta coisa ruim que está acontecendo. – Alice entrou no quarto.

- Fale baixinho Alice, o Léo acabou de dormir.

- Mas, não é verdade mãe? – ela insistiu.

- É meu bem, você tem razão. Mas, o que você andou assistindo?

- Ah, vi ontem na televisão, quando a gente estava na casa da vovó. Reparei bem que ela chorou quando viu aquele monte de gente perdendo suas casas e sofrendo. E prestei atenção quando vocês falaram que tem a ver com o  aquecimento global. A minha professora já falou disso na escola. Ah, mãe, fiquei com medo. E fiquei triste também.

- Filha, eu sei que é difícil entender. Os adultos são meio complicados e às vezes eu também não entendo. São tão inteligentes pra certos assuntos, mas estão destruindo o planeta, a natureza, que é sua única casa. Você também vai ver muitas outras coisas tristes na televisão. Os jornais falam de guerra, de violência. Mas, não precisa ficar com medo. Pense que o Bem sempre vence o Mal e existem pessoas espalhadas por aí que não cansam de lutar pra que tudo isso mude, pra que as coisas melhorem. Sabe a empresa onde o papai trabalha? Estão arrecadando alimentos pra mandar para as famílias que estão desabrigadas lá em Santa Catarina. Quer ir no supermercado comprar algumas coisas e ajudar também?

- Quero sim! Amanhã bem cedinho?

- Sim. Te acordo bem cedo. Ficou mais calma agora? Quer que eu termine a estória do Planeta Azul pra você? Tem um final feliz, prometo.

- Ah não, mãe. É muito de criança, né?! Amanhã você termina de contar para o Léo. Mas... você deita comigo pra gente continuar o Pequeno Príncipe?