Acho que é o espírito natalino...

28 novembro 2008

Ando meio lunática, apesar de tentar arduamente permanecer no chão. Preciso estudar pras provas finais e não consigo me concentrar.

Estou com alguns projetos pra 2009. Mil coisas na cabeça. Idéias novas para o blog. Talvez uma mudança radical por aqui.

Estava lendo o post da Fer e, sem a intenção de ser clichê, pensei: É, lá se foi 2008, como passou rápido!

Minha mãe já encheu a casa de enfeites, de papáis-noéis. Acho até que ela exagera. Daqui a pouco encontro bola de Natal na saboneteira.

Ainda não deu tempo de parar pra refletir e traçar as metas para o Ano Novo que chega. A minha vida deu uma bela reviravolta e tanta coisa aconteceu, que no geral, posso dizer que o saldo foi positivo. Estou bem feliz e com paz no coração. E nada melhor que isso no dia de Natal. No dia 24 sempre sinto uma melancolia, uma tristeza que não deixar de ser doce. Será o tal do espírito natalino que me invade?

Mas, logo passa e acho sempre bom comemorar. Estive um pouco ausente com Deus. Isso sim. As turbulências internas que me inquietaram me distraíram de um jeito que esqueci quem é o principal apaziguador da minha alma. Mas, semana passada já acertei as contas com ele e me comprometi a estar mais presente. Afinal, encontro tempo pra tudo (e mais um pouco) e por que não me esforço pra agradecer?

E quando fiz as pazes com Ele me senti leve. Acho impossível alguém não sentir essa força maior que nos cerca. Não importa de que forma seja ou qual crença siga. Como podes não crer em nada?

Acredite então no amor. Num mundo melhor. Numa transformação.

O pensamento positivo também é capaz de mover montanhas.

Blogs do além - parte II

Essa é a continuação do primeiro post, em que comentei sobre os Blogs do Além, uma coluna da Revista Carta Capital.

Eles foram atualizados! Aí vão meus indicados: Bob Marley, Leonardo da Vinci, Elvis, Hitler.

Divirtam-se com a criatividade de Vitor Knijnik!

Eu e o Rotavírus

26 novembro 2008

Na madrugada de segunda-feira comecei a sentir algo errado. O estômago pesado, meio embolado. Levantava, ia no banheiro e nada. Voltava e dormia de barriga pra cima, porque pra baixo piorava.

Amanhecia. E eu decidi que ia tentar "chamar o Hugo" enfiando o dedo na garganta.

Eu sou a pessoa mais difícil de vomitar! Nem sei se é o caso de comentar sobre isso aqui no blog. É meio nojento. Mas, eu queria ser igual uma amiga que tenho, quando vai pra balada, bebe demais, vomita e voltar a beber. Já viu isso?!

Liguei o celular e vi uma chamada perdida às 3:00. O namorado ligou aquela hora? Pra que?! Retornei e a sogra atendeu. Estavam no hospital. Ele internado, passara mal como eu.

Não sei se foi psicológico, mas serviu de estopim. Perdi as contas de quanto fui até o vaso botar a bílis pra fora. E suava frio, cambaleando e voltava pra cama. Até que não deu mais. 'Bora pro hospital.

E tem lugar pior do que hospital?! Aqueles médicos e enfermeiros tinham que ganhar um prêmio por trabalharem lá. O ar é mais carregado, o cheiro maculado de sangue, remédios, seringas. Tive que ficar por lá e tomar soro. Um litro de levanta-defunto. A mãe estava junto. Quanta paciência, quanta preocupação!

Voltei pra casa melhor, mas ainda meio enjoada. O médico disse que era intoxicação alimentar. Eu lembrava de um danoninho que tomei na noite anterior. Mas, o mal estar não cessou. À noite voltei. Era outro médico e outro diagnóstico: Rotavírus. Olhou pro namorado, que agora estava junto, e confirmou a hipótese. Dois com aquela cara de pastel estragado: só podia ser algo contagioso, que intoxicação, que nada!

E dá-lhe uma injeção com outra misturinha mágica. Melhorei por fim. Trouxe mais remédios pra casa e uma dieta. Nada de cervejinha no final de semana. Bom, né?! Eu só tenho uma festa na sexta, churrasco no sábado à tarde e casamento no sábado à noite.

Ainda estou em recuperação. Mas, pelo menos dá pra olhar pra tela do computador sem ficar enjoada.

¡La Filosofía me encanta!

25 novembro 2008

Faltam apenas duas semanas pra terminar o semestre e até ando sonhando com provas e trabalhos pra entregar.

Eu, acostumada a estudar Anatomia, Patologia e Microbiologia, me deparei com algo totalmente novo: a Filosofia. Apesar do professor monótono, o meu interesse não ficou adormecido. Pude ler os textos que falavam sobre a vida dos filósofos e de suas inúmeras teorias sobre o conhecimento.

"Só sei que nada sei", já dizia Sócrates. E como é bom não saber nada pra depois perceber que o mundo é gigantesco e que somos um grão de arroz perto de tudo que existe e pode ser observado.

Pude refletir com Platão através do Mito da Caverna que continuamos sendo prisioneiros de uma caverna, inundados com nossas falsas crenças, que nos impede de ver um mundo mais amplo e diferente e que, só seremos libertados da escuridão quando começarmos a indagar e deixar a ingenuidade de lado, buscando as verdades da vida, sem medo do diferente e do novo.

Meus queridos cientistas: Aristóteles, Copérnico, Galileu e Newton me envolveram com seus conceitos de Biologia, Matemática, Física e Química e fizeram apaixonar-me ainda mais pela ciência.

Descartes, sempre racional e Hume tão sensível e experimental. Permitiram que Kant se inspirasse e a priori surgisse, na tentativa de unir o pensamento Racionalista e Empirista.

Escolhi Immanuel Kant para o meu Trabalho Final de Filosofia. Está sendo um desafio. Mas, acredito que qualquer um que escolhesse tampouco seria. Foram homens comuns (ou incomuns?) que inquietaram-se frente a determinadas situações e não permaneceram calados. Buscavam sentidos numa realidade mais peculiar e desafiadora que a nossa. Todos são complexos, profundos. E sem dúvida, únicos e encantadores.

“Não se aprende Filosofia, mas a filosofar”

(Kant)

Eu fico com os livros

22 novembro 2008

"Um estudo feito por sociólogos americanos concluiu que pessoas infelizes assistem mais televisão, enquanto pessoas que se consideram felizes lêem mais e têm vida social mais ativa." (BBC Brasil)

Já tinha refletido sobre isso e concordado. Mas, hoje, num sábado não-usual, folgada em casa, tive a certeza disso.
Resolvi matar o tempo procurando algo pra assistir. Parei no canal E!, da TV a cabo. É meio inútil, porém gosto de ver as cirurgias plásticas feitas pelos cirurgiões de Miami. Tem coisa que é obra de arte!

O programa que estava passando se chama True Hollywood Story que "vasculha" a vida de famosos que causaram polêmica e tem um bando de jornalistas imbecis contando tim-tim por tim-tim do que sabem.

A julgada desse episódio era a cantora Britney Spears e como foi triste vê-la exposta daquele jeito. Dentre muitas coisas, mostraram seu fracasso como mãe, quando raspou a cabeça durante um surto, namorando um paparazzi, louca nas mais variadas baladas. Meu Deus!

E minha cabeça ficou trabalhando.

Primeiro, senti pena de mim por estar tão envolvida assistindo aquilo. Como a televisão manipula as pessoas, mostra o que quer, faz lavagem cerebral.

Depois, senti pena dela que não consegue ter uma vida normal. Imagino o quanto é traumático e confuso. O quanto ela se sente pequena em relação às críticas da mídia, o quanto sua auto-estima é afetada e seu bom senso também.

E finalmente, vi que não há nada como ler um bom livro. Com eles, não me sinto um vegetal, somente absorvendo as informações que são atiradas. Eu posso parar pra refletir, pra imaginar algo diferente, pra não aceitar o final e dizer que não gostei. Me sinto escrava do prazer de absorver as palavras, o novo, as personagens sempre tão ricas em detalhes.
Não detalhes superficiais, monótonos e maléficos como os expostos na TV.

"De ontem,
de barro feito
na madeira esculpido,
no papel grafado,
o livro inovou,
ensinou, motivou.
Hoje, no papel,
na tela, na pele,
na palma, na alma,
ensina e fascina..."

(Maria do Carmo Silva Soares)

Coisas complexas do coração

18 novembro 2008

Era uma vez uma menina.

Uma menina e seu pai.

Aquele que tinha um coração que cabia o mundo dentro.

Mas, às vezes ele parecia triste.

E ela pensava: porquê?

Ela cresceu e percebeu.

O problema era aquele copo. O copo cheio.

O copo que traz mudança. Pra pior.

O copo da doença. Que destrói.

O copo trouxe mágoa e afrouxou os laços.

E aquele maldito muro se formou. Sem querer.

E ela engoliu um sapo.

O sapo que inflava na garganta sempre que lembrava, que pensava.

Tudo que sentia endureceu. Petrificou. Congelou no tempo.

E ela se cansou de tentar pular o muro, de vencer a barreira.

E sofreu calada.

Certo dia o pai aceitou ir conversar com o homem de branco,

E no outro dia acordou diferente.

E ela pensou ter visto brilho naquele olhar.

Que oscilava e se mostrava vago muitas vezes.

Será?!

E então ela percebeu. Enxergou luz. E a menina chorou.

Chorou feliz. Transbordou de esperança.

E rezou. E ainda reza.

E os tijolos do muro vão caindo aos poucos.

"E não te esqueças, meu coração,
que as coisas humanas apenas
mudanças incertas são."

(Arquíloco, poeta grego)

Renda, Coletiva, Relógios e a Lua!

17 novembro 2008

"Olê, mulher rendeira,

Olé, mulhé rendá.

Tu me ensina a fazer renda

e eu te ensino a namorá."

Você tem idéia do quanto é trabalhoso fazer a renda?

A renda é o entrelaçamento de fios compondo um desenho, sem ter um fundo de tecido. Essa técnica chegou no Brasil através das mulheres portuguesas e está presente de maneira mais expressiva onde houve maior concentração dos açoiranos: Santa Catarina e Ceará.

Minha mãe fez uma viagem a trabalho para Recife. Enquanto esperava o horário do vôo pra voltar, parou numa loja e conheceu a Fátima Rendas.

Foi criada em 1977, mas tem uma história antiga, em que a renda renascença (técnica originária na Itália) fazia parte da família e passou por várias gerações.

A dedicação com que as peças são criadas as peças é herança da matriarca da família, Marieta Monteiro, que ensinou às suas filhas, além da técnica dos bordados, a importância do respeito a esse trabalho.

Motivada por sentimentos como esses, a loja agora possui outras filiais e suas peças artesanais são exportadas para países da Europa, EUA e Japão.

Reconhecidos como obras de arte, os trabalhos produzidos pela grife já foram destaque em dezenas de exposições, nacionais e internacionais. Fazem parte do seu acervo peças premiadas pela Unesco e outras que adornam embaixadas mundo afora e até na Santa Sé, no Vaticano.

A loja oferece um agrado para os compradores. Os clientes que levam alguma peça, levam também a bonequinha da sorte. Elas também são vendidas caso o cliente quiser levar para presentear alguém. Mas, as pessoas tem que ganhá-las. Esse é o espírito. E o dinheiro proveniente da compra das bonecas é destinado ao projeto social voltado às crianças carentes da região.

bonecadasorte

Essa é a minha! Ganhei da minha mãe. Olha como é pequena. Coloquei ao lado da moeda pra poder comparar.

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Aproveitando, divulgo a Blogagem Coletiva que está sendo promovida pela Andréa, do Leio o Mundo Assim.

Coisas do meu Brasil, para 13 de dezembro. Acesse o link, informe-se e participe!

COISASDOBRASIL2-1

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Termino agracendo o relógio que ganhei de presente do Igor, do Esquizofrenia Virtual. Agradeço por ter se lembrado de mim! Adorei os detalhes com as órbitas dos satélites, inspirados no meu observar através da luneta!

clock5

Ah, falando em satélites, ando curiosa sobre a Lua. Sexta e ontem, ela exibia-se, toda prateada e gigantesca naquele céu limpo, sem fim. Por que temos a impressão que ela muda de tamanho?

Escreverei sobre esse mistério num próximo post.

Mais selinhos e a Estória do 3 x 1

12 novembro 2008

Ganhei 2 selinhos do Ronaldo (obrigada!) e tenho a função de repassá-los:

bloggerdeldia Premio_Dardos

Pra mim, o blog del día é literalmente do Lino Resende. Aí vai um selinho de presente, já que hoje é seu aniversário!

O prêmio Dardos deve ser repassado a 15 blogs, mas escolhi apenas cinco. Espero que não tenha problema. Mando especialmente para:

O episódio das três contra um

Eu sempre fui daquelas que preferem ser independentes, que querem (e conseguem!) fazer tudo sozinha e que acredita no super poder das mulheres. Acho que quando nos unimos, não há homem que nos segure.

Hoje porém, conclui que existem ocasiões que devo desistir de bancar a feminista auto-suficiente.

Quarta-feira à tarde, no escritório, tínhamos uma árdua tarefa: uma pessoa viria buscar o ar condicionado que estava em uma das salas. Não havia tempo para chamar alum técnico e a ala masculina do escritório estava em São Paulo, visitando uma feira.

- Ah, eu acho que a gente consegue tirar. - A colega nº 1 sugere.

- Tá bom vai. Vamos tentar. - Eu concordei, sem ter muita opção.

Subi na cadeira porque o maldito ficava num buraco, no alto na parede.

Puxei... nada. Empurrei. E nada de novo.

- Espera. Vou te ajudar. - A nº 1 se prontifica.

Mais uma que sobe na cadeira. E fica na pontinha do pé, faz força, reclama, cansa.

Reuni todas as forças do meu corpo, que já estava cansado depois da aula de Body Pump de ontem (é... resolvi voltar na academia finalmente! Mas, isso é outra estória!) e...

...CLUNCK! Deu uma mexidinha. Minúscula. E depois de suar, xingar, lutar contra aquele peso, conseguimos fazê-lo sair um pouco do lugar.

- Querem que eu ajude? - A nº 2 aparece na porta.

Três fêmeas contra um ar condicionado brutamontes.

O resultado é que ele acabou empacando. Não ia nem pra frente nem pra trás. Ficou meio que pendurado, parecendo uma gangorra.

E o medo de terminar de puxar e ele cair nas nossas cabeças?!

- Ai, mais que bosta! (Perdoem-me... na hora do desespero e da irritação sempre solto palavrão. Ajuda a relaxar!)

A solução foi pedir socorro.

Bendita sorte lembrarmos da obra que está sendo construída lá do lado. Enquanto eu e a nº 2 segurávamos, a nº 1 foi buscar ajuda. E meu tríceps gritava, pobre coitado. Não está acostumado a trabalhar tanto assim. Ma-le-má dá um tchauzinho de vez em quando.

Os minutos pareceram eternos.

A gente em cima das cadeiras... até minha cabeça ajudou a segurar o trambolho pra ele não despencar.

O S.O.S.* tardou, mas não falhou. Finalmente!

Nada como uma boa dose de testosterona, pares de músculos e um orgulho masculino que morre de vergonha de fazer feio frente às mulheres!

* Curiosidade: você sabe o que signifca S.O.S.? Na verdade eu nunca tinha parado pra pensar. É uma sigla convencionada em inglês: "Save our souls", que significa "salve nossas almas". Era bem isso que eu estava pensando naquela hora, em cima da cadeira.

... se encantou pela cor lilás ...

11 novembro 2008

No corre-corre diário mil anseios me fazem distrair.

Chegando perto de casa vejo a árvore lilás. Aquela mesma. A que sempre esteve lá. Faz bastante tempo.

Penso que me acostumei.

Paro o carro. Aceito seu convite e fico só observando.

Ela dançava embalada pelo vento fresco. Exibindo-se ao sol, que se despedia. Trazia mistério. Trazia beleza. Trazia calmaria.

E assim, o segundo passou. E eu celebrei as coisas simples da vida.

árvore

(Amadora, tirei essa foto no caminho de casa.)

Laços de família

10 novembro 2008

No começo deste ano, meu avô que sempre foi um homem muito ativo, sofreu um derrame e estava na cadeira de rodas. Fez fisioterapia, melhorou muito, mas sempre quando o via parecia desanimado.

Nesse domingo percebi que havia algo diferente. Ele estava todo contente porque ia ganhar seu primeiro bisneto: a mulher do meu primo tinha contado que estava grávida. E naquele momento parecia não haver notícia melhor que aquela!

Outro dia, no trabalho, num dia cheio de aborrecimentos e problemas, ouvi um colega falar: "Ainda bem que tenho a Júlia (que é a filhinha dele) me esperando em casa. Às vezes, saio daqui com a cabeça fervendo, mas quando a vejo, com aquele sorriso me esperando chegar, esqueço tudo, relaxo e durmo em paz."

E há alguns dias saiu na Folha: "Mulher de 56 anos dá à luz netas trigêmeas". A avó ajudou a filha que não podia engravidar emprestando sua barriga. A família registrou tudo num blog que estava sendo divulgado pra quem quiser acessar, tiver dúvidas ou apenas ficar curioso.

Através desses relatos, quis mostrar que a existência de uma criança: seja um filho, um neto, um bisneto - biológico ou não - é capaz de alegrar, transformar, renovar. Esses laços tem poderes mágicos e são capazes de preencher vazios no coração, que antes pareciam infindáveis.

Não estou participando oficialmente da Blogagem Coletiva sobre Adoção, promovido pelo Blog Saia Justa e pelo Dácio Jaegger, mas queria aproveitar para apoiar e divulgar.

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A adoção é mesmo um ato de nobreza. É um grande desafio.

Porém, existem aquelas pessoas com um amor pra doar que é do tamanho do mundo. Um amor capaz de ultrapassar as barreiras e todas as dificuldades. Basta que o processo seja simplificado. Se torne menos burocrático e menos cansativo. O que será dessas crianças e adolescentes abandonados se perderem a esperança de encontrar seus lares, se é isso, muitas vezes, a única esperança que lhes restam?

Egolatria

06 novembro 2008

Fui assistir Jogos Mortais V (essas seqüências de filme me cansam!) e por mais forçado, sangrento e tenso (ou tedioso? Fico na dúvida.) que seja, tenho que concordar que o roteiro é inteligente. Dessa vez Jig Saw me fez refletir, acredita?

O jogo proposto desta vez (é, o cara já morreu, mas deixou uma herança!) envolve o trabalho em equipe. São cinco pessoas que acordam naquelas mesmas salas medonhas, escuras, lamacentas e têm algo em comum. São avisadas (pela bendita gravação na TV)que precisam passar por etapas e que devem pensar juntas para que possam sobreviver até o final.

O que acontece é o inevitável:  A luta individual prevalece e o objetivo de pensar em grupo não tem vez. É o famoso "salve-se quem puder" em que o egoísmo comanda.

Mas, o post não é sobre o filme. A questão é que refleti sobre o individualismo. É correto pensar em você mesmo antes de pensar nos outros? Já discuti muito sobre isso e as controvérsias sempre estão presentes. Ser individualista pode ser bom, mas não pode virar egoísmo.  Eu não me anulo por querer fazer o bem primeiro a quem eu gosto, antes fazer a mim mesma. Isso me faz bem, ué! E sou assim desde que me conheço por gente.

Me cansa essa sociedade que quer se mostrar generosa atrás dos panos cheios de interesse. Sejam políticos, econômicos, sociais ou sei lá mais o quê! Me cansa ver falsidade, as firulas, os rodeios. As puxa-saquices em nome próprio. Me cansa as notícias da Folha que só falam do vestido que a mulher de Obama usou na noite da vitória e do cachorro que vão comprar para a sua nova residência, a Casa Branca. Eles esquecem que o preço do saco da ração do cachorro e o banho que ele tomará periodicamente no veterinário custará mais do que uma criança na Etiópia consome com alimentação durante uma semana. Exageros à parte, isso faz parte do meu desabafo.

Recebi um e-mail com uma baita sabedoria:

"Deus convidou um homem para conhecer o céu e o inferno.

No inferno, o homem viu uma sala e em seu centro havia um caldeirão cheio de apetitosa sopa. À sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher, porém, o cabo era muito comprido impedindo que colocassem a sopa na própria boca. O sofrimento era grande.

Em seguida, foram até o céu. Entraram em uma sala idêntica a primeira, com o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos  estavam  saciados.  Não  havia  fome, nem sofrimento.

- Eu não compreendo. Por que aqui as pessoas estão felizes enquanto na  outra sala morrem de aflição, se é tudo igual? - o homem perguntou a Deus.

Deus sorriu e respondeu:

- Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros."     

Não é olhando para o próprio umbigo que iremos transpor as barreiras.

PhotoFunia

Lino Resende postou ontem sobre alguns sites que podem ser úteis para customizar o blog. Dentre eles, o PhotoFunia, que possui vários efeitos legais que podem ser feitos com a sua foto.

Adorei essa. Eu, exposta no museu.

Divulguem!

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Será Obama?!

04 novembro 2008

Os norte-americanos esperam ansiosos e exaustos pelos resultados das eleições.

Li nas últimas notícias que os deputados da Alemanha e da Holanda, a África em peso, o Lula, o Fidel, além de Hollywood, estão torcendo por Obama. Se depender de torcida, a sua festa em Chicago já está garantida.

E então fiquei pensando: será que ele imagina o tamanho da sua responsabilidade diante de todas as pessoas e o quanto será cobrado e pressionado por isso? Será que ele sabe que não apenas os EUA, mas o mundo inteiro está na expectativa que ele revolucione um complexo sistema anteriormente maculado por Bush? E que não adiante atacar tanto McCain se não for capaz de cumprir suas promessas e mostrar o quanto pode ser melhor?

Eu torço mesmo por um mudança radical. Por propostas menos egocêntricas e por uma política com menor ar de superioridade. Está na hora dos EUA perceberem que não são o centro do universo. Ou deixam de lado o narcizismo e olham para as outras nações amigas que precisam de apoio/ajuda ou vão cair sozinhos. É...o muro de Wall Street já caiu.

obama

Mas, qual o impacto dessas eleições para o Brasil?

Segundo a BBC Brasil, dependendo da linha política e econômica adotada pelo novo presidente, o mundo terá uma reação diferente. Algumas questões, que aparentemente dizem respeito apenas aos Estados Unidos, são de interesse também da América Latina, incluindo o Brasil:

* Os Estados Unidos são o maior comprador de produtos brasileiros, representando 14% das exportações. Para o governo brasileiro, esse número poderia ser maior caso os Estados Unidos diminuíssem a ajuda financeira que concedem aos produtores locais, na forma de subsídios. Uma postura mais favorável ao livre comércio beneficia o Brasil porque abre o mercado americano a uma maior quantidade de produtos brasileiros e  cria condições para que as barreiras comerciais sejam diminuídas em âmbito mundial.

* Os EUA cobram uma sobretaxa de US$ 0,54 o barril sobre o álcool brasileiro, com a justificativa de que precisam proteger o produtor americano. O professor de Relações Internacionais da UNB, Carlos Pio, não há indicações de que uma política mais liberal seja adotada. Pode ocorrer investimentos em álcool na Califórnia ou ainda produzir em outros países. O Brasil não é a única alternativa.

* Uma das principais dúvidas diz respeito à relação dos EUA com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez: se a política de isolamento contra esse país e seus seguidores (Evo Morales - Bolívia e Rafael Correa - Equador). A aliança estratégica com o governo colombiano deve continuar no caso de vitória de McCain e poderá sofrer abalos caso Obama seja eleito.

* Em relação a imigração, as propostas incluem maior segurança nas fronteiras e mecanismos que permitam aos empregadores descobrir se seus funcionários têm realmente visto de permanência no país.

O valor de uma vírgula

03 novembro 2008

Eu sempre me confundo com as vírgulas. Nos meus textos, às vezes estão em excesso ou em falta. Eita coisinha complicada!

A Associação Brasileira de Imprensa comemorou os 100 anos com uma campanha mostrando quanta diferença faz a vírgula: "100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação"

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.
Não espere.

 

Ela pode sumir com seu dinheiro.

23,4.
2,34.

 

Pode criar heróis.

Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

 

Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

 

A vírgula muda uma opinião.

Não queremos saber.
Não, queremos saber.


"SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA."

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

Falando em Português, não deixe de acessar: Conversa de Português, o outro blog da Andréa.

Mais tarde... ainda durante o Halloween...

01 novembro 2008

Estava na faculdade, meu celular vibra, eu atendo.

- Oi amor.

- Rê, eu tô na frente da sua casa pra pegar o carro, tô tocando a campainha e ninguém atende. Mas, acho que tem gente aqui, a luz tá acesa.

- Ah, mas minha mãe deve estar em casa, ela não ia sair. Espera um pouco que eu vou tocar lá e já te retorno.

Trim... trim...

- Alô?!

- Pai, por que vocês não estão atendendo o interfone? O Thomas tá aí na frente e precisa pegar o carro. Disse que tá tocando, mas ninguém vai atender.

- Ah, é que sua mãe disse pra não atender mais a campainha. Ela não agüenta mais a molecada pedindo doce. A gente até já deu daqueles chicletes horríveis de pimenta que seu irmão trouxe outro dia, mas eles não desistem. Pode deixar que já vou lá abrir pra ele.

Imagina?! Minha mãe nem parou o que estava fazendo e nem se preocupou em quem estava lá fora.

Ela pensou que eram os meninos e meninas brasileiras que nem sabem que hoje é dia do Saci (ou talvez nunca ouviram falar nele!) e que contam os dias pra irem pros EUA fazer um ano do colegial e voltarem orgulhosos por torrarem o dinheiro dos pais roupas de marca, que lá é mais barato.

P.S.: Tem um post no meu outro blog relacionado ao fim da era norte-americana. É uma entrevista que saiu na Carta Capital com o filósofo Slavoj Zizek. O enfoque principal é sobre a crise, mas é muito interessante e eu recomendo a leitura.